Na última sexta-feira, dia 6, a Indústrias Nucleares do Brasil (INB) promoveu uma cerimônia para celebrar as quatro décadas da inauguração oficial do Complexo Mineroindustrial do Planalto de Poços de Caldas (CIPC), atualmente Unidade em Descomissionamento de Caldas (UDC). Rememorando o início da mineração de urânio no Brasil e fortalecendo o compromisso com o descomissionamento, a solenidade reuniu colaboradores e Diretoria Executiva da empresa.
“É muita história, muito registro. É um livro da INB e dos que puderam participar da construção deste momento e deste empreendimento”, declarou o diretor de Recursos Minerais, Rogério Mendes Carvalho.
Imbuído na busca por soluções no descomissionamento, o dirigente enalteceu os valores de integridade, inovação e envolvimento. “Nós temos que reimaginar nossas atividades e nossas ações para melhorar a vida das pessoas”. E completou: “Devemos focar na direção dos projetos em que estamos envolvidos. Entender a finalidade, a engrenagem em que estamos e as etapas de um projeto é buscar muito além do resultado”.
O presidente da INB, Carlos Freire, afirmou que fez questão que toda a diretoria estivesse presente na ocasião para reforçar a importância de ter uma visão integrada da empresa e porque considera que conhecer pessoalmente uma unidade é fundamental na hora de tomar decisões. “Nós somos uma única empresa e precisamos ter essa visão integrada de que o que acontece em uma unidade, o que afeta uma área ou a conquista de outra, impacta toda a INB”, pontuou.
Ao relembrar que a UDC foi a primeira instalação que visitou quando assumiu a Presidência da INB em 2019, Carlos Freire destacou alguns avanços importantes da Unidade desde então: realização do primeiro simulado externo de emergência, garantia da estabilidade das barragens por auditor independente em Inspeções de Segurança Regular (ISR), automatização dos piezômetros das barragens que permite leituras com uma frequência muito maior, troca de telhas de um dos galpões da Torta II, assinatura com o Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN/Cnen) para realização de estudos na Unidade e a melhoria nas condições de embalados e empilhamento da Torta II.
O presidente também afirmou que é preciso desmistificar a ideia de que o descomissionamento esteja relacionado ao passado. “Descomissionar é mostrar que temos compromisso com nossas atividades do início ao fim. É comprovar que realizamos nossas atividades com segurança. É uma ação do presente”.
A INB ressalta que a UDC é regulamentada por diversos órgãos de controle ambiental e nuclear, como a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), além de outros órgãos de controle ambiental e nuclear municipais, estaduais, nacionais e internacionais.
Trajetória
A história da INB em Caldas/MG começou em 1970, com a descoberta do Campo do Cercado e o nascimento do Complexo Mineroindustrial do Planalto de Poços de Caldas (CIPC). Em 1974, foi inaugurada a Usina Piloto de Caldas, onde hoje funciona o Laboratório de Poços de Caldas (Lapoc/Cnen).
Em fevereiro de 1982, teve início a operação comercial do CIPC para a produção de concentrado de urânio (DUA) – a inauguração oficial do Complexo ocorreu em 6 de maio do mesmo ano. Já em 1995, a INB encerrou as atividades minerais em Caldas, porém mantém ações de monitoramento na área e busca de soluções para o descomissionamento da Unidade.
Além das instalações, o solo, as águas e os equipamentos da antiga mineração são permanentemente monitorados, assim como os materiais radioativos que estão estocados, de modo a proteger o meio ambiente e assegurar a saúde dos trabalhadores da unidade e dos moradores da região.
Para saber mais sobre a cultura de segurança e outros temas inerentes à INB, leia a entrevista que fizemos com o presidente da empresa, acompanhado de outros dirigentes, em janeiro deste ano (clique aqui).
Foto: Cerimônia de 40 anos da inauguração oficial da instalação que atualmente é a Unidade em Descomissionamento de Caldas (UDC) / Divulgação INB
Fonte: Assessoria de Comunicação Social da Indústrias Nucleares do Brasil – INB (leia a matéria original aqui)
