*Frederico Genezini
Na madrugada de 16 de setembro de 1957, o reator nuclear de pesquisas IEA-R1, do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen/Cnen-SP), atingiu sua primeira criticalidade e permanece, desde então, operando com segurança há 65 anos. São inumeráveis as contribuições do reator na ciência, impulsionando o Programa Nuclear Brasileiro (PNB) há mais de seis décadas.
O IEA-R1 é um reator de pesquisas tipo piscina, moderado e refrigerado à água e que utiliza elementos de berílio e de grafite como refletores. Operou nas duas primeiras décadas a uma potência de dois megawatts (2 MW), atualmente é licenciado para operar a uma potência máxima de 5 MW.
Atua em P&D e serviços de irradiação com nêutrons para as seguintes finalidades: produção de radioisótopos para uso em Medicina Nuclear, produção de fontes radioativas para gamagrafia industrial e de radioisótopos para uso como radiotraçadores, irradiação de amostras para a realização de análises multielementares, pesquisas em Física Nuclear, serviços de neutrongrafia e treinamento de pessoal licenciado para operação de reatores.
*Frederico Genezini é vogal da Associação Brasileira de Energia Nuclear (ABEN) e gerente do Centro do Reator de Pesquisas (CERPq) do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen/Cnen-SP)
+ Link para download do livro Contribuições do Reator IEA-R1 para a Pesquisa Nuclear
+ Reator Nuclear de Pesquisas IEA-R1 (fonte: Plataforma Nacional de Infraestrutura de Pesquisa MCTI)
Foto em destaque: Núcleo do Reator Nuclear de Pesquisas IEA-R1, localizado no Ipen/Cnen-SP e em operação desde 1957 / Crédito: Marcello Vitorino