Um ex-diretor e membro fundador da organização ambientalista Greenpeace discorda da posição da instituição em relação à energia nuclear.
“A energia nuclear é a mais segura de todas as tecnologias de eletricidade que temos”, diz o Dr. Patrick Moore ao site NewsNation.
Ele destaca que ninguém jamais sofreu danos ocasionados pela radiação oriunda das mais de 100 usinas nucleares em operação atualmente nos Estados Unidos e Canadá. Já sobre o acidente de Chernobyl, ocorrido na antiga União Soviética (atual Ucrânia) em 1986, Moore declara que foi uma “exceção completa” porque o reator foi mal projetado.
“Nenhuma outra usina nuclear no mundo teve um acidente do tipo. Fukushima [Japão] e Three Mile Island [EUA] – que também são mencionados o tempo todo sobre acidentes nucleares – não prejudicaram ninguém e muito menos mataram”, pontua.
Recentemente, legisladores da União Europeia decidiram incluir gás natural e energia nuclear na lista de atividades sustentáveis do bloco, apoiando uma proposta do braço executivo da UE que vem recebendo críticas ferozes – e infundadas – de grupos ambientalistas (leia mais aqui).
Uma das organizações antinucleares é o próprio Greenpeace, da qual Moore foi membro fundador e diretor. A instituição pretende enviar um pedido formal de revisão interna à Comissão Europeia e poderá, inclusive, acionar o Tribunal de Justiça Europeu.
Na visão de Moore, não existe panaceia, pois a energia nuclear não pode curar todos os males do setor energético, mas a fonte nucleoelétrica deveria substituir outras formas de energia sempre que possível.
“A nuclear é a única tecnologia que pode realmente substituir muitos dos combustíveis fósseis”, defende. E completa: “Não por causa (do dióxido de carbono) ou das mudanças climáticas, mas porque os combustíveis fósseis são preciosos, e devemos guardá-los para aquilo que só pode ser feito com combustíveis fósseis, como aviões, grandes caminhões e imensos equipamentos agrícolas”.
Autor: Sean Noone
Imagem: Captura de tela Special Report – NewsNation
Fonte: NewsNation (com contribuição da Associated Press)