Carlos Mariz comenta à Globo sobre ataque russo à usina de Zaporizhzhia

Carlos Mariz comenta à Globo sobre ataque russo à usina de Zaporizhzhia

O presidente da Associação Brasileira de Energia Nuclear (ABEN), Carlos Mariz, concedeu entrevistas nesta sexta-feira (4) à GloboNews e à TV Globo e ressaltou a segurança dos 6 reatores de Zaporizhzhia, a maior central nuclear da Europa. A usina, que fica a 550km de Kiev, foi alvo de mísseis russos na véspera em decorrência da Guerra na Ucrânia, o que deixou o mundo apreensivo.

Na entrevista ao Jornal Hoje, que é apresentado pelo âncora César Tralli, Carlos Mariz fez questão de enfatizar as diferenças entre as estruturas de Zaporizhzhia e a de Chernobyl, também na Ucrânia e onde aconteceu um acidente em 1986. Desde a noite da quinta-feira, minutos após o ataque russo, a imprensa vinha traçando paralelos.

“A diferença é total. A tecnologia em Chernobyl é uma tecnologia que não se usa mais. Então é completamente diferente e os requisitos de segurança são completamente diferentes”, afirmou o presidente da ABEN. “Essa cobertura de concreto (de Zaporizhzhia) é feita para ser a prova de Boeing, ou seja, a prova do impacto de aviões pesados que possam bater nela e nada acontecer. De modo que esse é um requisito fortíssimo de segurança e proteção dos reatores desse tipo de usina”, completou.

No Conexão GloboNews, Carlos Mariz concedeu entrevista ao vivo aos jornalistas Leila Neubarth, José Roberto Burnier e Mariana Queiroz.

SOBRE A USINA
A usina de Zaporizhzhia está localizada na cidade de Enerhodar. Seis reatores estão em operação na instalação. Segundo a Energoatom, operadora de energia nuclear da Ucrânia, a usina gera até 42 bilhões de kWh, o que representa quase 47% da eletricidade gerada pelas usinas nucleares do país. Mais da metade (51,2%) da energia consumida pelos ucranianos vem de usinas nucleares.